Friday, June 13, 2008

Breves máximas de viagem, vol. 1

O Talvez sempre vem rápido demais. Que nem aquela imagem que você viu na rua e de repente te fez pensar que Talvez, outra vez talvez, você tivesse salvação como mais-um indivíduo-inspirado. Mas você nem lembra mais, mais um segundo não executado. Sem desculpa.
Aí, quando você tenta de novo, uma outra imagem. E de fato realiza o trabalho sujo, tudo soa uma merda de novo.
Perdeu a mão. Ou já teve depois de adulta?

Europeus não tomam banho, os caras nas placas de trânsito de Viena usam chapéu e parecem pedófilos seqüestrando criancinhas na terra de Natasha.

A violência do Rio parece história da carochinha para os gringos.

Os franceses são burocratas estúpidos e tarados. Os serviços do Brasil estranhamente funcionam muito melhor; veja só, superamos o “Primeiro Mundo”.

Vamos gastar o dinheiro do papai.

Toda menina aos 13 anos escolhe se vai ser santa ou puta. Ou quem sabe uma puta santa?

Jusqu’au but?
Agora eu já fui até o fim.

Não fique feliz por eu estar fazendo isso agora. Não é para você, é por você e por isso deveria se preocupar.

Maybe...

Always maybe. We are real shoegazers. It’s so amazing.

Esqueci minha língua materna em Portugal. E eu falo português.
Native speaker, baby...
Aos 21 anos algumas pessoas escolhem ser estrangeiras ou não.

Minha língua nunca vai me dar um emprego por essas bandas.
Eu nunca vou estar à altura.
Latin White Trash. Je ne crois pas que tu es une sans-papier.
Mas não tem nenhum europeu na sua família? Impossível.
Sim, possível. 100% Nacional. Parte do PIB.

Como se só o Rio merecesse músicas em homenagem.

Eu poderia não me preocupar se o mundo não fosse tão burro.

Tenho que tirar a Ana Cristina Cesar da estante. Preciso dos meus livros.

Sempre algo para me preocupar.

Kicked out? Até agora não.

Nunca pensei que fosse achar alemão uma língua bonita. O amor atrapalha o senso estético? Ou só faz mudar um pouco de idéia? Música multilíngue com trechos em francês e sotaque germânico.

Peça para um novo blog, quem sabe outra Bruna Surfistinha (já caiu da mídia, hein?) Catherine M.? – “União dos povos” – O primeiro judeu com quem trepei parecia um cavalo (o tamanho, sejamos claros) e o muçulmano era uma gracinha. Foi bom.
E eu sou católica de formação,e, veja só, estava trepando pela Europa.
United Colors of Benneton.

Toda menina aos 13 anos escolhe se vai ser santa ou puta. Para os amigos, escolhi ser puta; na minha cabeça tenho uma santa paciência.
De Jó.

E quem vai querer namorar a puta?

“Quem dá mais? Quem dá mais?”

No livro que traduzi havia um leilão de calcinhas melecadas. Ser boa de cama já me trouxe vários problemas. E nem sou tudo isso. Agora meu blowjob só tem 99% de aprovação.

E você não entende minha língua nem eu a sua mas nossas línguas – y otras cositas más – se entendem.
Piadinhas baratas.

Fluxo de consciência = stream of consciousness.

Dor de barriga. Sempre é psicológico.
Sexo. Sempre é psicológico.

Já escrevi cinco páginas de um caderno pequeno. Palmas para mim.

Sei que não estás sendo um bom amigo.
Nem eu uma boa amiga.

Now I have a girlfriend in Paris.
I won’t move in with anyone anymore.
My hometown is too small for you.
O Talvez sempre vem rápido demais.
Maybe...

Elas sempre deixam as sobras e eu cato os cacos. Auto-punição.
Outra referência à sangue? Too much.
Não dá mais para bancar a adolescente atormentada. Já deu.

Sonhei que você virava um coelho.
Ainda bem que não.

Gastei meu tempo aqui e continuo com sono. Não cheirei. Caramba, me ofereceram heroína. Sério. De verdade. Morra de inveja.

Cheirar com uma nota de 100 euros. Não tem preço.

Estou vomitando tudo agora, de repente. Psicológico.

Acordar tão cedo amanhã.

No final tudo dá certo. Vamos pagar para ver.

Ninguém entende e ninguém vai entender. E eu esqueci de escrever a respeito. Freud explica?