Monday, August 17, 2009

Holograma

Até há pouco não sabia se era checo ou polonês. Descubro por uma conjução. É checo. Fala sobre um autor russo, discípulo de Turguêniev e Tchekov, por dedução.
A língua que eu queria que falasse e que estivesse no seu lugar, mas que em vez disso apenas desencaminha. (Todas as línguas são descaminhos.)
Ah, se ela voltasse, c'est dur, se eu voltasse e você falasse sobre a valsa vienense, porque de Schiele, ouviria falar, pela primeira vez, no Rio de Janeiro, no primeiro ano de faculdade.
Pela forma, sigo, será assim pela formalidade e, assim, na teoria da poética, já pelo nome, tudo soa muito, muito antigo.
Mas se estivesse...
Agora aqui, no papel, contradição em termos, pela prática, só porque soa mais bonito.
Se estiver a esperar a valsa; você, no meio da noite, esquece o de cinco minutos (tão velha). Ou de tantos anos? O quê? Sempre volta a Drummond, pensa em tantos versos sonoros.
Porque, no fundo, sentirei vergonha aguda, pela confusão puramente etílica, que são todos vocês, misturados, e um amor que acabáramos esquecendo.
Ou aquele de vocês apenas, sempre presente. Ela sou eu agora. Quem quer que seja.
Poética de botequim no veículo das teorias em formato antigo de cartão postal. Descrevo.