Sunday, November 22, 2009

O último ano, Em qualquer lugar.

Sempre foi o não-lugar, o não-espaço, o não-dito (por mais que houvesse uma superfície tão dramaticamente verborrágica. Kitsch. Not up for it anymore). Não vimos os filmes, os shows, não ouvimos as músicas, não estivemos naquelas cidades. Talvez fôssemos imagens projetadas num lençol improvisado. (Nem ali talvez fosse verdade. Minha dor só era real ali. Ela nunca estivera e nunca mais esteve.)Não há nada que carregue valor simbólico.

Hoje, mesmo com toda essa pós-modernidade, como diria um bom amigo, não posso me comunicar. Ano passado fui a primeira, ainda que longe, no anterior, rechaçada, no que veio antes, houve apenas a malaise de não ter sido chamada (muito embora não houvesse motivo para tal) e ouvir as histórias de que não participei.
Porque talvez não tivesse as minhas.
E agora são tantas.
E suficientes para não te desejar felicidades no dia de hoje.
(Finalmente sincera como tanto querias, e como não lembras mais.)
A culpa de ter lembrado é, ironicamente, da pós-modernidade. E da malaise que alguém que você nunca conhecerá suscitou.
E é possível que este seja o último ano. Provável, na verdade.
Não desejo felicidades.
Nada.
Não sou fã de happy endings.
Apenas realista, e meus pés estão mais do que nunca bem pregados no chão.
Talvez minha última homenagem seja ver uma foto sua. Antiga, claro.
Para mais tarde respirar leve o ar de Paris.