Thursday, June 24, 2010

overrated.

Tenho pensado em algo que sempre se inicia como óbvio. Começa assim: às vezes não se continua a viver por se gostar de estar vivo. Às vezes é pelo medo do desconhecido. Mas tampouco tem a ver com o conhecimento do que é "estar do outro lado". Nada disso, nenhuma fé ou superstição (que me perdoem aqueles que creem.) Todo o problema resume-se a não se saber o que é o nada. O nada, digo, é o nada absoluto. Necadepitibiriba. O não existir. É a curiosidade de saber o que está atrás da porta superada pelo receio de se cair de uma escada que dá no porão. E o porão é escuro e a única lâmpada está queimada. E ninguém se dá conta da simplicidade do problema. Não é necessário nenhum especialista. Mas se você viver na França, talvez te cobrem uns 300 euros de orçamento.
Eu queria que teus dentes não existissem. Que não fossem apenas manchas de vinho. Que tua boca fosse apenas podridão. Que ela o tivesse feito definhar e partisse a refrescar o espírito em Londres. Como uma menina rica dos anos 1970.
E ela parece tanto.