23 de dezembro

Foram-se já alguns anos, hoje parecem tantos, para ele (apenas mais um, um outro, agora, sem mais) de fato são. Sem esperar, a mesma festa, o mesmo lugar, outras distâncias, que já nem tanto importam, visto que instituídas. E neste mesmo dia, um início de promessa deu lugar à declaração de jamais fazê-las. E mais uma vez o novo se mostra, mas como a confirmação não de que haverá, mas de que estarei sozinha e devo nunca esquecer.
Tenho medo de cometer erros em língua estrangeira enquanto a cada dia mais me equivoco na minha.
Todos os dias esqueço-a um pouco para conseguir acreditar que um dia poderei voltar.