Thursday, February 24, 2011

Analgésicos

Quebrei o braço na Romênia. E poderia ser qualquer coisa, nunca tivera que colocar gesso até então. Nunca quis tanto un analgésico que não me deram.
Noto agora que para mim é como caminhar à noite pelas ruas próximas à minha casa. Lá penso em escrever. Diante do teclado, bloqueio.
Penso em dizer a ele sobre os traços comuns do complexo de escritora no Brasil e por que desisti. Ele ainda preserva uma inocência exagerada e europeia. São tantas as palavras. E esqueço os clichês em sua cidade preferida (ao menos era nisto que pensava ao caminhar).
O vento de Paris quando não está frio pode ser quase agradável. Infelizmente, devo admitir. Assim como o fato de que gosto de dias frios e ensolarados enquanto eles gostam do cinza (no céu, que fique claro, piada besta).
Nem sei mais o que pensava enquanto estava caminhando. Criticaria as fãs de Clarice mas me reduziria a uma candidata a embuste.
Terminaria o texto com
Bucareste.