A leste, em Bucareste
Perdoem a falta de acentos. O teclado é francês.
é cinza. os prédios seguem linhas retas. ninguém tira a neve das ruas. da para patinar no gelo nas calçadas, usando botas de borracha. os vira-latas não se importam.
a sensação térmica pode chegar a - 22C. o céu esta sempre azul. o sol não esquenta.
a lingua é latina, mas não se parece com algo que ja se tenha ouvido.
e eu estava com tanto medo. uma menininha acuada mordendo a barra da saia cor-de-rosa. com medo, pois no fundo eu sabia.
eu sabia que tudo voltaria a se repetir. o frio na barriga. a ansiedade. a vontade não correspondida. as lagrimas engolidas a seco. todos os clichês.
e eu não suportaria uma vez mais. não resistiria a mais uma velha decepção, mais uma promessa não cumprida.
mas sempre ha aquela força louca puxando-me ao abismo. com todos os clichês.
e ela ali, sim. sempre.
e agora agradeço a ele pr todas aquelas marcas. pois foram elas que me deram estas, ha quatro dias, em meus braços.
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