Tuesday, April 14, 2009

O desprezo, vol 1 - O nome.

Eu nunca soube que ele tinha o nome do avô. Não o original. Uma tradução. Mas ainda o mesmo nome. (Assim como sou também Anna, Anja, Anne, Hannah.) Algo que ele negaria, é claro. Como negou, ou "omitiu" - para não cometer injustiças - a própria existência do avô. Talvez pela carga do mesmo nome de origem renegada. Origem que eu festejaria. Mas a Ausência talvez se afirme justamente pelo espaço não ocupado. Pela negação, pela omissão. E descubro pistas nas páginas de um livro. Constato os erros nas informações. No nome do avô negado. (Talvez confundido com você mesmo).Numa presença em folha impressa, tão a oeste de Bucareste.
Enquanto isso.
Apresso-me sempre, atropelando meus próprios pés na tentativa de substituir a Ausência. Passando por cima dos pés e da calma, e de possíveis presenças, ainda que fugazes.
Acaso = seu nome no quadro.
Talvez a presença, quando não se faz clara, evidencie a Ausência.