Saturday, April 11, 2009

Une jeune jeune fille

Mesmo sem usar as saias floridas. Uma menininha. Fazendo manha, apesar de toda a pose planejada. É pena que a verdade saia pelos poros, sem querer. Como uma criança pequena que faz xixi nas calças no terceiro dia do CA, ne frente de todas as outras. Estas, apontam e riem. Mais raramente, pode ser que finjam não perceber.
Você percebeu, fingiu que não, mas talvez, lá no fundo, aponte e ria.
Ou seja apenas a criancinha desconfiada aqui, acostumada com a ridicularização a que é submetida pelos outros.
E qualquer boa ação, faz com que ela, bem educada demais, agradeça.
Agradeça.
Agradeça.
Mas é certo que você deve pensar que foi manha. Menininha mimada.
Novinha. Mas como já disse aqui, já rodei por aí, conheci os quadros negros e imagens de tintas carregadas.
Eu digo que um dia você vai saber. Vai entender. No fundo, acho que não. É entre mim e A. Ou só para mim. A. é a Ausência. A ausência que me leva a tanto agradecer a você. Exageradamente, como a Ausência exagerava a minha culpa.
Mas eu ainda agradeço, agradeço e agradeço. Morta de medo. De ocupar um espaço maior do que deveria pour l'instant. Embora fosse me sentir tão confortável neste espaço. Se eu tivesse certeza de que poderia estar ali. Se tivesse permissão. Explícita. Ou se, tendo-a, conseguisse enxergá-la, ouvi-la, aceitá-la.
Mas, mais uma vez, maybe I'll always be a squatter...
E obrigada.