Monday, January 30, 2006

Seis e vinte

Quando o céu desaba no Rio de Janeiro só sobra o metrô e o relógio vinte minutos adiantado dá um jeito em quem tem medo de chegar a qualquer lugar mais ou menos, talvez ou só em caso de emergência definitivo (hesitante, mesmo teleguiado). Sem sombra de histeria, servindo de ilustração a palavras alheias, títere. Bonecos de madeira não sentem gosto, este limita-se ao plano das hipóteses. Doce. Pudim com calda de ameixa, morangos com creme, bomba de café, algo de velho.
“Que fome.” (Salivando, os lábios molhados, quentes, sente o sabor e um enjôo de estômago vazio, quase vertigem). Não vendem jujuba no metrô. Que pena.