Wednesday, July 14, 2010

Enquanto

Não escrevo mais sem erros em qualquer idioma que seja. Às vezes é a velha falta de controle dos dedos - que interpreto como sinal de envelhecimento precoce, bem como o inevitável cansaço que não me permite subir cinco lances de escada sem parar para descansar no terceiro, após tantos meses; se fosse homem, jamais gozaria.
Às vezes, puro desconhecimento, inaceitável. Diante dele, ainda, e dela, principalmente. Average. Assez bien. Nada extraordinário e tudo parece misteriosamente estar ganhando contornos dourados do outro lado do Atlântico. Até porque o sol de lá brilha mais forte e constante a maior parte do ano. Mas ainda prefiro meus (minhas) cinzas, com uma salpicada de cobre ao fim da tarde às onze da noite.
Eu continuo encontrando o incerto e nada parece indicar mudanças no estados destas pequenas coisas que devo nomear cotidiano. Esperas e esperas, ao que parece, só para mim.
Pois você reclamou num primeiro tempo, mas encontrou olhos azuis, palavras impressas em papel - o que nunca pude - e cigarros, que deixei de lado após breve tentativa de adição, ingressando numa relação adolescente casual com tal vício.
Como será quando ambos tivermos ido embora?
Eu fui primeiro.
Você foi pioneiro em um outro campo, um golpe de faca no meu pescoço.
Gostaria que fosse parte da competição.
Gostaria de ter culpa no cartório.
Onde tudo foi assinado.