Saturday, June 09, 2007

Retorno

Aprendi na aula, na semana passada, educação formal, livro de gente importante, o Foucault, era gay e sadomasoquista, e tentava entender o que era a alteridade anormal, daí na aula, sabe, daí...
Todo mundo, por mais que negue, tem pelo menos, lá no fundo algum receio da morte, da finitude, do nada, e quando até cristãos e espíritas ou seja lá o que for, têm medo de morrer, como se vai acreditar em algo diferente? Só não teme quem quer o fim, com toda a certeza. Mas daí, na aula, sabe, depois, em algum ponto não sei como, não presto muita atenção, ou talvez preste demais, eu aprendi que o orgasmo é a experiência mais próxima da morte que não a é de fato e que, doenças venéreas ou mocinhas românticas à parte, não acarreta risco.
E você, me faça o favor de me matar um pouco a cada dia, gozar e morrer e gozar e perder os sentidos e não larga o meu braço, faça todos os dias, porque só assim eu consigo não ter certeza e temer.
Para não ter medo, quem sabe um dia, talvez, talvez, talvez