É, apenas.
Quando aquilo sobre o que se divagava torna-se concreto, termina o espaço para a criação.
E este sono...
Ana C., 25 anos, irremediavelmente gasta, move-se debilmente de um a outro lugar comum.
Quando aquilo sobre o que se divagava torna-se concreto, termina o espaço para a criação.
Antes os olhos desviados a este vazio. O silêncio a certa distância. Será falta de assunto? (No Rio e em São Paulo, parabéns. Estou orgulhosa de você e não é ironia.) Jurei a mim que não tinha nada mais a dizer. Afinal, tudo já fora dito ou escrito, em diferentes ocasiões e humores. Eu imaginava o vazio. Mas a concretude deste não poderia deixar de ser perturbadora.
As Ausências e presenças sempre e nunca estão lá. Existem coisas que simplesmente se mantém, não importa. E é sempre uma questão de escolha sobreviver à continuidade inevitável. Eu sempre quis, para mim e algum outros, passar a imagem de alguém disposta a escolher. Mas não sou tão corajosa ou covarde.
Unindo uma ponta e outra, vejo que ambas são iguais. E não apenas eu e uma das pontas, como a outra costumava acusar.
Eu nunca soube que ele tinha o nome do avô. Não o original. Uma tradução. Mas ainda o mesmo nome. (Assim como sou também Anna, Anja, Anne, Hannah.) Algo que ele negaria, é claro. Como negou, ou "omitiu" - para não cometer injustiças - a própria existência do avô. Talvez pela carga do mesmo nome de origem renegada. Origem que eu festejaria. Mas a Ausência talvez se afirme justamente pelo espaço não ocupado. Pela negação, pela omissão. E descubro pistas nas páginas de um livro. Constato os erros nas informações. No nome do avô negado. (Talvez confundido com você mesmo).Numa presença em folha impressa, tão a oeste de Bucareste.
Mesmo sem usar as saias floridas. Uma menininha. Fazendo manha, apesar de toda a pose planejada. É pena que a verdade saia pelos poros, sem querer. Como uma criança pequena que faz xixi nas calças no terceiro dia do CA, ne frente de todas as outras. Estas, apontam e riem. Mais raramente, pode ser que finjam não perceber.